Organização ensina técnicas do audiovisual a jovens retirados das ruas

O Instituto Querô é uma organização da sociedade civil de interesse público que utiliza o audiovisual como ferramenta para estimular talentos, promover a inclusão cultural, transmitir valores, desenvolver o empreendedorismo e dar voz a jovens que vivem em condições de alto risco social.
A organização foi criada em 2008, depois de três anos de existência do projeto Oficinas Querô, que até então era realizado pela Gullane entretenimento, que hoje é parceira da organização. O então amadurecimento e a projeção de crescimento estável para o projeto conduziram ao surgimento do Instituto Querô.
Ele faz trabalhos com jovens entre 13 e 25 anos que vivem em áreas com acesso limitado à cultura, à cidadania, e poucas oportunidades de trabalho, permitindo-lhes uma nova visão de vida e oportunidade de crescimento.
Atualmente o Instituto Querô coordena:
As Oficinas Querô – Que são oficinas de produção audiovisual, empreendedorismo e cidadania para os jovens.
A Produtora Querô – Uma produtora social que faz trabalhos profissionais sob encomenda para o mercado, como vídeos institucionais, spots publicitários e vídeo clipes. Estes trabalhos são coordenados por veteranos das oficinas que utilizam a mão-de-obra de jovens recém formados no projeto. Desta forma, inserindo-os no mercado de trabalho, gerando renda para eles e suas famílias e ainda reinvestindo os lucros do núcleo de produção no próprio Instituto.
O Querô na Escola - É um projeto de fomento ao protagonismo juvenil realizado pelos jovens participantes das Oficinas Querô, que visitam escolas municipais das cidades da Baixada Santista exibindo filmes, aplicando dinâmicas e abrindo diálogos com outros jovens através de temas atuais e de interesse geral, refletindo a escola, a cidade e sua interação com a juventude.
O Web TV – É um espaço na Web de experimentação, exibição e discussão de conteúdos produzidos pelos jovens.
O Cinescola Querô – Que une uma sala de cinema popular, uma produtora social e uma escola de audiovisual.
A organização tem um organograma de funcionamento que mescla o trabalho de profissionais contratados e voluntários que ajudam no desenvolvimento do projeto.
Através do audiovisual, o instituto é capaz de transmitir valores éticos, ampliar horizontes profissionais, incentivar o empreendedorismo e criar uma rede de inclusão para os jovens. É o que conta Cláudio Maneja Júnior, responsável pelo setor de comunicação do Instituto.
Após participarem das oficinas, os alunos participam do elenco das apresentações dos mini e dos curta metragens. Além de terem a oportunidade de ingressarem no mercado de trabalho em funções variadas no setor audiovisual.
As Oficinas Querô ganharam diversos prêmios, dentre eles o Prêmio pela Paz, onde receberam o prêmio Mídia pela Paz da Revista Imprensa como reconhecimento ao trabalho realizado pelo projeto durante o ano de 2007. Este prêmio contempla conteúdos e ações de comunicação relacionados à construção da paz.
E o Prêmio Instituto Brasileiro Arte e Cultura (IBAC), em 2009, onde foi homenageado com uma menção honrosa por sua contribuição à memória brasileira através da preservação e difusão do patrimônio artístico e cultural.
Mais de 300 jovens de regiões periféricas da Baixada Santista e das periferias de Diadema e extrema zona sul de São Paulo já passaram pelas Oficinas Querô. Neste período, mais de 20 curtas-metragens e 25 mini-metragens já foram produzidos.

Foto: Divulgação
Fonte ecod

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