O novo protocolo de internet – IPv6 – foi oficialmente
lançado há pouco mais de um mês. O novo sistema permite a criação de
uma infinidade de novos endereços na rede. Desde os anos 80, este
protocolo estava na sua quarta versão. Mas, o crescimento explosivo da
internet - e a multiplicação de aparelhos que se conectam à Web -
praticamente esgotaram o número de combinações possíveis com o antigo
IPv4.
"O iPV4 acabou o estoque em algumas regiões, a previsão é que acabe aqui na nossa região, América Latina, em fevereiro de 2014. Isso é normal na velocidade da internet atual", comentou Antônio Moreiras, gerente de projetos do NIC.br.
"O iPV4 acabou o estoque em algumas regiões, a previsão é que acabe aqui na nossa região, América Latina, em fevereiro de 2014. Isso é normal na velocidade da internet atual", comentou Antônio Moreiras, gerente de projetos do NIC.br.
Na internet é assim: para cada site, serviço ou
usuário, existe um endereço único e exclusivo. Este “endereço” nada mais
é do que uma combinação numérica correspondente a cada conexão; é o
velho e conhecido “IP” – o protocolo mais básico da internet. É mais ou
menos como número de telefone. Por exemplo: em São Paulo, a partir do
próximo dia 29 julho, os telefones celulares passarão a ter um dígito a
mais. Será acrescentado um 9 na frente de todos os números para aumentar
as combinações possíveis. De modo parecido, o IPv6 vai ampliar e muito a
capacidade de novas conexões.
O antigo IPv4 suportava, no máximo, 4 bilhões de
endereços. O IPv6 vai muito, muito além disso; é até difícil comparar.
As possibilidades são praticamente infinitas. Tanto que sequer se
imagina uma nova substituição de protocolo no futuro.
"É absurdamente maior o número é 341 decilhões.
Assim, se a gente dividisse todos os endereços de iPV6 em toda
superfície da Terra, aí eu peguei um metro quadrado e todos aquele
endereços, terá mais endereços de iPV6 ali do que estrelas no universo",
explica Antônio.
Outra diferença é que enquanto no IPv4 os números de
IP eram flutuantes e mudavam para reaproveitar as combinações, a
previsão é de que no IPv6 os endereços sejam fixos. O processo de
migração da versão 4 para a versão 6 do IP já começou! Mas como as duas
versões não conversam entre si, a substituição será feita de forma
gradual.
"Vai demorar alguns anos para as pessoas começarem
fazer o desligamento do iPV4, porque ainda é alguma coisa muito lenta",
comenta o gerente.
O interessante é que em meio a toda essa transição,
nós, usuários finais não devemos sequer notar mudança de versão do IP.
Afinal, no longo prazo, a internet continuará funcionando
normalmente. O que pode complicar um pouco a vida do internauta são os
atuais modems e roteadores. A maioria dos usados hoje em dia ainda não
suporta o IPv6. Se for o caso, será necessário trocar o aparelho. Nesta
situação, a dica é conversar com seu provedor pra saber se eles já estão
se preparando para esta mudança.
Como dissemos no começo, o IPv6 foi lançado há pouco
mais de um mês. A perspectiva é de que todos os sites brasileiros,
incluindo bancos, governo, blogs e e-commerces, além de servidores de
e-mail e outros serviços, tenham o novo protocoto ativo até janeiro de
2013.
Fonte: Olhar digital
Comentários
Postar um comentário