Anatel lança programa para medir qualidade da banda larga fixa

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) lançou nesta quarta-feira (29) seu programa de medição da velocidade da banda larga fixa, que contará com a colaboração dos usuários e terá os primeiros resultados divulgados em dezembro.
A expectativa do governo é que essa medição aumente a concorrência entre as teles, force uma potencial redução nos preços da internet fixa e dê mais transparência para o usuário escolher os serviços que quer contratar.
"Precisamos dessa base de dados para atuarmos efetivamente" na fiscalizaçao, afirmou o conselheiro da Anatel, Jarbas Valente.
Segundo ele, houve muitas reclamações de usuários quanto aos serviços de banda larga fixa e as garantias das empresas de fornecer apenas 10% da velocidade nominal contratada é muito baixa.
Serão avaliadas as principais empresas que possuem mais de 50 mil acessos de banda larga fixa --Oi, Net, Telefônica Brasil, GVT, CTBC Telecom, Embratel e Cabo Telecom.
"O plano para aferir qualidade da banda larga vai aumentar competição entre as empresas e com certeza vai ajudar usuário a se orientar e trabalhar melhor", disse o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, em coletiva na sede da Anatel, em Brasília.
"Acredito que a tendência é diminuir mais os custos (ao usuário) e aumentar as velocidades [da Internet)", disse o ministro.
A medida da Anatel acontece pouco depois de a agência ter bloqueado as vendas de TIM, Oi e Claro em diversos Estados por conta de qualidade considerada insatisfatória de serviços.
A medição da qualidade da banda larga fixa será feita todos os meses a partir de outubro pela Entidade Aferidora da Qualidade (EAQ) e permitirá que usuários voluntários de banda larga colaborem para isso.
A meta é que a velocidade média oferecida seja de 60% no primeiro ano, 70% nos próximos 12 meses e 80% a partir daí.
Segundo Bernardo, a questão da velocidade da banda larga é importante e pode ser tratada em um possível leilão da frequência a 700 megahertz (Mhz) para Internet móvel de quarta geração (4G).
"Na hora que for licitar o 700 Mhz tem que colocar termos para velocidade ofertada", afirmou, reafirmando o interesse de potencialmente fazer a licitação em 2013.

 Da Reuters
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