Pirataria de música na web não prejudica vendas digitais, diz estudo



Além de o download ilegal de músicas não afetar a venda na internet, alguns novos formatos de ouvir gravações na web podem até impulsionar o rendimento das lojas.
As conclusões são de uma pesquisa recente do IPTS (Instituto de Prospecção de Estudos Tecnológicos), da União Europeia, publicada em março de 2013.
“Nossas descobertas sugerem que a pirataria de música digital não deveria ser vista como uma preocupação crescente para os detentores de direitos autorais na era digital”, escreveram os pesquisadores Luis Aguiar e Bertin Martens.

Para os pesquisadores, não foram encontrados dados que provassem uma correlação entre aumento de pirataria e esvaziamento na atividade de sites legais de venda de música on-line.
Pelo contrário. Segundo o estudo, um aumento em 10% no número de cliques em sites piratas eleva em 0,2% o número de cliques em páginas legais.
Para serviços de streaming, um crescimento similar eleva os cliques em 0,7% nas lojas virtuais.
Apesar de culpar os downloads ilegais pela perda de receita, segundo a pesquisa da UE, a indústria fonográfica aposta na digitalização: o faturamento com música digital cresceu mais de 1.000% entre 2004 e 2010. Em 2011, subiu 8% no mundo. Chegou a US$ 5,2 bilhões.
A conclusão a que os pesquisadores chegaram parece óbvia, mas é plausível: o consumo de música na web é movido pela preferência das pessoas.
“Gosto é um importante determinante no consumo de música digital, independente da origem. Em outras palavras, pessoas que gostam de música consomem mais do mesmo, indiferente se são downloads legais, ilegais ou por streaming.”
Enquanto consumidores que compram música on-line passam, em média, 2,5 meses ativos na web, os piratas passam quase um semestre conectados.
Eles também são mais ativos em sites de música. Clicam 10% mais do que os compradores reguladores e 40% mais dos que consumem serviços de streaming.

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