Galeria de bichos ameaçados: lobo-guará

Conheça o lobo-guará, um animal tímido que corre risco de desaparecer do mapa.


Procura-se!

Nome científico: Chrysocyon brachyurus.
Nome popular: lobo-guará.
Tamanho: cerca de 1,5 metro da cabeça à cauda.
Peso: em torno de 23 quilos.
Local onde é encontrado: campos e cerrados da América do Sul, do centro-sul do estado do Maranhão até o Uruguai e do extremo leste do Peru até o estado do Espírito Santo.
Hábitat: cerrados e campos.
Motivo da busca: animal ameaçado de extinção!

“Para que essa boca tão grande? Para te comer!” Quem conhece a história de Chapeuzinho Vermelho, com certeza, lembra dessa conversa. No conto, o lobo não é flor que se cheire, aliás, é malvado à beça. Por conta da fábula que correu o mundo, acredita-se que onde há lobo, há perigo. Será? No caso do lobo-guará, é ele que corre risco: o de sumir do mapa!

O lobo-guará, segundo os pesquisadores, é um animal tímido, difícil de ser avistado. Por outro lado, é muito ágil: com suas longas patas corre pela vegetação quando fareja algum perigo ou em busca de alimento. Ao contrário do lobo-mau, o guará não come gente. Sua alimentação inclui pequenos mamíferos – principalmente, ratos silvestres –, aves e insetos, além de frutos, em especial a chamada fruta-de-lobo ou lobeira, comum no cerrado e em algumas localidades do nordeste e do sul do país. A lobeira fornece frutos parecidos com o tomate o ano todo e, por isso, é muito importante para os lobos nos períodos de seca.

Quando encontra seu par, o lobo-guará costuma ter de dois a quatro filhotes. O macho fica com a família até que os filhotes tenham certa independência. Depois, ele se afasta e, então, cabe à mãe alimentá-los e protegê-los.

A principal causa do desaparecimento do lobo-guará é a utilização das áreas em que vive para agricultura e criação de gado. Freqüentemente, ele também é vítima de caça e envenenamento por ser considerado perverso, dado que algumas vezes ataca animais domésticos.

É importante saber mais sobre os hábitos dos animais silvestres para que possamos concluir o quanto é importante a preservação de seu hábitat.


Salvatore Siciliano

Escola Nacional de Saúde Pública
Fundação Oswaldo Cruz

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