Galeria dos bichos ameaçados: aranha-armadeira


Nome científico: Phoneutria bahiensis
Nome popular: aranha-armadeira
Tamanho médio: 3,5 centímetros de cabeça + tórax + abdômen. Com as pernas esticadas, as fêmeas adultas chegam a medir 14 centímetros.
Local onde é encontrado: sul da Bahia e norte do Espírito Santo
Hábitat: Mata Atlântica
Motivo da busca: animal ameaçado de extinção

Não se trata de nenhum parente distante do macaco, mas o lugar preferido da Phoneutria bahiensis também é em cima das árvores. Essa espécie de aranha-armadeira é muito rara; poucos exemplares foram encontrados no país. Ela é considerada endêmica, porque só ocorre em uma região específica, no caso, na porção de Mata Atlântica que vai do norte do Espírito Santo ao sul da Bahia.

Por ser dificilmente avistada, os pesquisadores têm poucas informações sobre a Phoneutrina bahiensis , assim como sobre gravidade de sua picada ou de seu veneno. Sabe-se, no entanto, que, como as demais aranhas, ela é carnívora. Alimenta-se principalmente de insetos, de outras aranhas e, às vezes, de pequenos vertebrados, como rãs, lagartos e filhotes de rato. Essa espécie não faz teia para caçar; ela ataca as presas que passam perto injetando seu veneno paralisante. As teias que fazem são para envolver seus ovos ou para se dependurarem quando vão mudar de pele para poder crescer.
A Phoneutrina bahiensis raramente tem um comportamento de advertência, como se quisesse atacar. As demais aranhas-armadeiras, em geral, quando ameaçadas, são mais agressivas. Elas erguem totalmente suas pernas anteriores e o seu corpo. Ficam em posição vertical, como se estivessem armadas, pronta para o ataque. Daí o nome popular de armadeiras.


Essa atitude das aranhas-armadeiras é defensiva, um aviso para se manter distância. Quando o aviso não funciona e alguém teima em se aproximar, aí sim, elas podem picar.


Cinco espécies diferentes de aranhas-armadeiras já foram identificadas, mas somente a Phoneutrina bahiensis está ameaçada. As outras são encontradas em grandes áreas da Amazônia e da Mata Atlântica e, por isso, não correm risco de extinção. Essas outras espécies possuem um veneno muito ativo em seres humanos, que causa dor e, em casos raros, pode levar à morte. Por isso, todo cuidado é pouco: não vá tocar em aranhas! Mas aprenda admirá-las, sabendo que elas têm o seu papel na cadeia alimentar.

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