“Não pode haver prosperidade com destruição ambiental”



“A mente que se abre a uma nova ideia jamais volta ao seu tamanho original”, teria dito o gênio Albert Einstein com total razão. E entre as diversas formas de se abrir a novas ideias tenho a certeza de que estão as viagens, principalmente as internacionais que aliás estão em alta graças ao dólar e euro menos valorizados.
Foi numa dessas experiências que o biólogo e Doutorando em Ciências Ambientais Daniel Fonseca de Andrade conheceu a Austrália para participar do 6º Congresso Mundial de Educação Ambiental em Brisbane, no estado de Queensland, há poucos meses. De lá, Daniel traz relatos de soluções simples e bem implementadas para a conservação ambiental.

Como nos conta o doutorando, “(a)s unidades de conservação estão em todos os lugares, assim como os programas de coleta seletiva de materiais recicláveis e as sacolas retornáveis.”
O país também está implantando o “Carbon Tax”, imposto pesado (23 dólares australianos por tonelada de CO2) a ser cobrado das empresas poluidoras. O dinheiro arrecadado será investido no desenvolvimento de tecnologias de produção de energia mais “verdes” e eficientes, o que inclusive já vem sendo feito em escolas.
Como dizem por lá, não pode haver prosperidade com destruição ambiental.
Diferente do Brasil, onde a falta é reclamação constante, por lá se nota a existência de grande quantidade de áreas verdes, parques e espaços públicos que atraiem habitantes e turistas para o contato coma Natureza, gerando inegável melhoria na qualidade de vida e controle do clima.
Já sobre as ciclovias, Daniel diz que “estão implantadas em praticamente toda a cidade, o que possibilita não só um transporte ágil para os trabalhadores e estudantes, como também momentos saudáveis e agradáveis para a população em geral.”
Para garantir a segurança de ciclistas e pedestres, até mesmo nas pontes que cruzam o Rio Brisbane o doutorando notou a existência de faixas exclusivas para esses grupos.
Brisbane se coloca como uma lição para aqueles responsáveis por pensar o planejamento das cidades brasileiras (…) O Brasil de hoje já não pode mais fazer uso do discurso da pobreza, muito comum na nossa história, para justificar o não investimento de qualidade nas pessoas.
Seja por iniciativa governamental, e consequentemente pelas escolhas que fazemos nas eleições, seja por pressão popular, nós estamos no caminho certo?

Baseado em publicação do Jornal Gazeta de Ribeirão de 22/10/2011 | Imagem via

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