Nintendo tem prejuízo histórico de US$ 457 milhões

A Nintendo voltará a ter lucro neste ano ajudada pela desvalorização do iene, afirmou a companhia nesta quinta-feira (26), quando anunciou seu primeiro prejuízo operacional anual, resultado de menores vendas do console Wii e do portátil 3DS.

Para o ano financeiro que vai até 31 de março de 2013, a Nintendo prevê um lucro operacional de 35 bilhões de ienes (US$ 429,9 milhões), abaixo da estimativa consensual de 40 bilhões de ienes em pesquisa da Thomson Reuters I/B/E/S com 20 analistas. O prejuízo operacional de 37,3 bilhões de ienes (cerca de US$ 457 milhões) no ano recém-acabado foi menor que a estimativa consensual de 41,4 bilhões de ienes.
Consumidor experimenta o portátil Nintendo 3DS em uma loja de Tóquio (Foto: Toru Hanai/Reuters)
Consumidor experimenta o portátil Nintendo 3DS em uma loja de Tóquio (Foto: Toru Hanai/Reuters)
Mudança de hábitos
A companhia, que teve seu início em 1889 fabricando baralhos, foi atingida por uma queda radical nas vendas de seus Wii, o console portátil DS e sua nova versão, o 3DS.
Há um ano, a Nintendo esperava vender 13 milhões de consoles Wii, 16 milhões de consoles portáteis 3DS e 11 milhões de DS no ano fiscal. Em janeiro passado, a empresa reduziu sua meta de vendas para os três produtos, abaixando sua previsão relativa ao Wii em 3 milhões de unidades, as expectativas de vendas do 3DS em 2 milhões de unidades e levando à metade suas perspectivas para o DS.
Prometendo retornar sua empresa ao lucro no trimestre fiscal, o presidente-executivo da Nintendo, Satoru Iwata, culpou a valorização do iene e as fracas condições econômicas na Europa pela queda nas vendas. Não é necessário repensar ou mudar os planos para o novo console da Nintendo, o Wii U, insistiu.
Mas o que a Nintendo enfrenta é uma mudança fundamental em hábitos ligados a videogames, que analistas argumentam que pode exigir que a empresa reduza seus negócios de hardware e, ao invés disso, busque lucros baseados em "Super Mario" e outros jogos para aparelhos desenvolvidos por outras empresas.
Seu rival emergente é a Apple, que já é concorrente do titã japonês Sony, e cujos produtos versáteis — o iPhone, o iPad e supostos projetos de um controle para games e "iTV" – estão colocando a companhia em posição de conseguir espaço no mercado de videogames que a Nintendo já chegou dominar.

 Da Reuters
  Reuters

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